quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lixo compromete seis cidades do interior

Seis cidades do Amazonas estão comprometidas por causa de lixões próximos dos aeroportos - Manicoré, Carauari, Itacoatiara, Eduardo Gomes [Manaus], Parintins e Tefé. Um dos casos mais próximos e graves está em Parintins (420 km de Manaus via fluvial), onde o problema está afetando o desenvolvimento e a economia da cidade. O aeroporto já foi desativado por duas vezes, comprometendo o status de cidade turística. Por isso, prefeitura, bumbás, Suframa, a empresa Rio Limpo  e o Governo do Estado reuniram para tratar do projeto de reciclagem do lixo produzido no Festival Folclórico de Parintins.

A superintendente da Suframa, Flávia Grosso, falou que o projeto não será só para o período do festival, mas para o ano todo e beneficiará toda a cidade de Parintins. Ela agradeceu o incentivo da primeira dama pelo apoio aos dois bois, a Rio Limpo e Suframa. “Vamos fazer um festival mais bonito do que ele já é”, disse Flavia Grosso.

Em Tefé/AM,  localizado a 430 Km de Manaus, a falta de um sistema eficiente de esgoto e ações estratégicas de manejo e destinação do lixo, tem gerado situações que prejudicam, também, a vida  social e econômica da cidade. Na busca por alternativas viáveis que identifiquem os elementos que levam a esse problema, a doutora Miriam Marmontel, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, realizou uma pesquisa para buscar o controle do descartes de resíduos sólidos no meio ambiente. A proposta da pesquisa foi conscientizar a sociedade e, principalmente, os estudantes do município de Tefé sobre a importância da redução, reutilização e reciclagem do lixo.


Como tratar resíduos sólidos agora é lei



Em Março de 2010 foi aprovada uma lei de política nacional de resíduos sólidos, uma legislação que reúne conceitos modernos de gestão de resíduos sólidos, entre elas: responsabilidade compartilhada; gestão integrada; inventário; sistema declaratório anual; acordos setoriais; ciclo de vida do produto; não-geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; logística reversa; princípios do direito ambiental; a elaboração de planos de gestão (em nível Nacional, dos Estados e Municípios) e de gerenciamento (pelo setor empresarial); e o destaque para a inclusão social por meio do fortalecimento das cooperativas de catadores.

Os sintomas do dengue e a identificação do mosquito

Existem quatro tipos de dengue. DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um tipo de dengue só acontece uma vez, podendo ser infectado por outro tipo, não mais pelo vírus que o infectou anteriormente. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O mesmo mosquito também é responsável pela transmissão da febre amarela. Uma vez picado pelo mosquito transmissor do vírus, o tempo de incubação é em média de quatro a sete dias. Os quatro tipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, causam os mesmos sintomas, o que dificulta distingui-los por meio de exames.
Características do mosquito da dengue
A manifestação varia desde um quadro sem sintomas ou com mínimos sintomas, até a temida dengue hemorrágica. É possível também, se contaminar com um dos tipos de vírus do dengue e nada apresentar, isso particularmente acontece em crianças e adolescentes. Nos doentes que desenvolvem sintomas temos duas apresentações típicas: o dengue clássico e o dengue hemorrágico.

O dengue clássico se manifesta como um quadro de febre alta, acompanhado de dores de cabeça, dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea, que justifica a alcunha de "febre quebra-ossos". O quadro dura de cinco a sete dias. Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente. O rash normalmente surge no segundo ou terceiro dia de febre.
Características do mosquito
O Aedes aegypti é um mosquito de aproximadamente um centímetro, preto com listras brancas distribuídas pelo corpo e patas (veja foto acima). Ao contrário dos mosquitos comuns, o mosquito do dengue tem hábitos diurnos e costuma voar baixo, picando preferencialmente os pés, tornozelos e pernas.

Pega-se o dengue se formos picados por um mosquito que carregue o vírus, ou seja, que tenha picado alguém infectado nas últimas duas semanas. O vírus do dengue precisa de 10 a 14 dias dentro do mosquito para se tornar viável para transmissão. Portanto, se você está visitando um paciente com dengue no hospital ou no seu domicilio, entra pela janela um mosquito Aedes aegypti que pica o doente e logo depois você, a não ser que o mosquito já esteja previamente contaminado, ele não tem condições ainda de transmitir a dengue.

Atenção: Alguns doentes com dengue clássica podem apresentar pequenos sangramentos no nariz, na gengiva e até nas fezes. A presença de sangramentos não indica obrigatoriamente o diagnóstico de dengue hemorrágica. Outras manifestações como diarréia, vômitos, tosse e congestão nasal não são incomuns e podem levar a confusão com outras viroses.


Sintomas do dengue hemorrágico

O dengue hemorrágico é a manifestação mais grave da doença. Caracteriza-se por alterações na coagulação e por inflamação difusa dos vasos sanguíneos, nomeadamente dos capilares (menores vasos do corpo). Como resultado, temos os seguintes sintomas: 

1.) Aumento da permeabilidade dos vasos. A inflamação dos capilares (capilarite) faz com que haja extravasamento de líquido para os tecidos, podendo causar derrame pleural (água na pleura do pulmão e ascite (água dentro da cavidade abdominal. O extravasamento pode ser tão intenso que o doente pode evoluir para choque circulatório.

2.) Trombocitopenia (queda do número de plaquetas). As plaquetas são células que fazem parte do sistema de coagulação. São a primeira linha de defesa contra sangramentos. Indivíduos normais apresentam uma contagem entre 150.000 e 400.000 plaquetas. No dengue hemorrágica esse número cai para menos de 100.000, às vezes menos que 10.000 (trombocitopenia grave. Devido a queda das plaquetas e a inflamação dos vasos, os doentes apresentam tendência a apresentar sangramentos. Mais uma vez, a presença de sangramentos sem evidências de capilarite e plaquetas abaixo de 100.000, não caracteriza o dengue hemorrágico, o que porém, também não significa que este não possa causar complicações mais graves. Como o dengue hemorrágico evoluiu em horas, na dúvida, é melhor sempre levar o doente para ser avaliado por um médico.